Coletivo Ana Montenegro

sexta-feira, 17 de maio de 2013

15 DE MAIO - 65º aniversário da Nakba

VIVA A PALESTINA LIVRE!

Dia de memória e resistência contra o Imperialismo

Hoje, 15 de Maio, é um dia muito importante para os palestinos, para a humanidade, denominado, NAKBA, uma palavra árabe que significa catástrofe/tragédia, ou seja, o dia em que os líderes sionistas, em 1948, formaram o Estado de Israel, em terra palestina, para tanto massacrando e expulsando o povo palestino de suas terras. Para criação deste Estado de Israel, cerca de oitocentos mil palestinos foram expulsos de suas terras, cidades e vilas inteiras foram tomadas ou destruídas, esvaziadas de sua população, um crime contra a humanidade de enormes proporções, ainda hoje negado e envolvido em falsificação. Na verdade, desde o século 19 o povo palestino já vinha sendo expulso por meio de compras e confiscos de suas terras. A estratégia de terror adotada na ocupação das terras palestinas para a construção do Estado de Israel foi deliberadamente planejada tendo em vista os interesses geopolíticos da emergente nação estadunidense, no Mundo Árabe. As grandes potências mundiais (Estados Unidos, Europa e a antiga União Soviética) e, também o governo brasileiro, apoiaram a formação do Estado de Israel.


Para que o povo não voltasse para as suas aldeias, as casas, as oliveiras e laranjeiras foram destruídas. Quando a Nakba terminou, tinha havido 31 massacres (documentados) com mais de 500 aldeias e 11 bairros urbano esvaziados dos seus habitantes. Nomes árabes das aldeias e ruas foramhebreizados.

Mesquitas e igrejas cristãs antigas foram destruídas. Parques temáticos, florestas de pinheiros (árvores não nativas da região) ecolonatosisraelitas foram estabelecidos sobre as antigas aldeias palestinas.

A ideia era eliminar vestígios físicos e culturais, de que a terra tinha pertencido aos palestinos, ou seja, desde o início, o sionismo tinha planejado expulsar permanentemente o povo palestino de suas terras, isto é, promovendo, como promove até os nossos dias, uma limpeza étnica, oapartheid

com a construção de muros echeck points.Israel ignora as fronteiras previstas e amplia desde 1947 até hoje, pela força militar, as terras dos palestinos.Mantém prisioneiros centenas e centenas de palestinos, sem qualquer direito à defesa, incluindo, mulheres e crianças. Vinte anos depois, em 1967, sempre pela força das armas e com o apoio do imperialismo, Israel ocupa todo o território palestino, violando os direitos de cerca de seis milhões de palestinos, o que, ocorre até hoje: a lei não é a mesma para israelenses e palestinos que lá moram. Por outro lado, há quase sete milhões de palestinos fora de suas fronteiras, impedidos por Israel de retornar a sua terra, aos seus lares.

Para garantir a igualdade de direitos ao povo palestino, o fim da ocupação de suas terras, o direito ao retorno dos palestinos exilados é que existe uma campanha internacional de boicote aos produtos e serviços israelenses ( denominado BDS - Boicote, o Desinvestimento e Sanções ), com a finalidade de obrigar Israel a reconhecer os direitos do povo palestino e assegurar aos que vivem fora da Palestina o retorno as suas terras.Diversos artistas, universidades, já aderiram ao BDS.

No Brasil, a campanha tem como objetivo, além de defender os direitos do povo palestino, convencer o governo brasileiro a anular, a suspender os acordos de compra e venda de armas e tecnologia de repressão e segurança usadas pelos governo israelense contra os palestinos.
Queremos o fim das prisões
e detenções ( a chamada prisão administrativa, uma prática utilizada por Israel para deter palestinos, renovável indefinidamente, ) arbitrárias, sem acusação e julgamentos formais: são cerca de dois mil prisioneiros, muitos em greve de fome, em precárias condições de vida, incluindo mulheres, crianças e parlamentares, confinados em solitárias, sem direito à visitas familiares e advogados, na mais absoluta violação aos direitos humanos, aos acordos internacionais.A nossa solidariedade afirma: não quebrarão com isso a resistência palestina!

A agressividade imperialista recorre, especialmente no mundo árabe, com frequência, à guerra como meio de recuperação econômica, num constante ciclo de destruição-reconstrução, e também como garantia do fornecimento de óleo, gás, e petróleo, indispensáveis à economia capitalista, preferencialmente com baixos custos, atravessando países como a Grécia, Turquia, Chipre, Síria, Líbano e Israel.

O imperialismo leva em conta importantes elementos geoeconômicos e geopolíticos que podem abastecer diretamente os Estados Unidos e a União Europeia e ainda evitar as ameaças de interrupção no Golfo Pérsico, por onde atualmente milhões de barris dos hidrocarbonetos são transportados em navios-tanques e oleodutos. A disputa por essas três principais fontes de riquezas constitui fator de disputas que se estende do mar da Líbia à Síria. E é em consequência disso que o império incentiva, apoia e arma os rebeldes sírios.

As mulheres vivemos denunciando: as guerras prejudicam obviamente a humanidade, mas, como bem o sabemos, representam para as mulheres uma fonte particular de muita dor e sofrimento, daí a luta do nosso COLETIVO DE MULHERES ANA MONTENEGRO pelo estabelecimento para a Palestina de um estado laico e democrático e sobretudo com hegemonia da classe trabalhadora, como parte da luta na região por um mundo árabe, livre e socialista.

Viva o Socialismo! Viva a Palestina livre, laica hegemonizada pelos trabalhadores!

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