17
DE MAIO: Dia
Internacional contra a Homofobia
“Por todas as formas de Amor”
É
desde a década de 1990 que o “17 de Maio” é considerado o Dia
Internacional de combate a Homofobia.
Essa
data representa uma conquista histórica dos “movimentos gays” da
época, que pautaram a retirada do termo homossexualismo dos
catálogos de enfermidades da Organização Mundial da Saúde - OMS,
pois concebia as relações homoafetivas como patológicas. Essa
visão clínica, carregada de fundamentalismo religioso, reaparece no
cenário brasileiro e vem ganhando adesão de boa parte da população
através da mídia burguesa, cujas funções são a da propagação e
manutenção do ordenamento do patriarcado e da heteronormatividade.
Aproximando para os nossos
dias, o ano de 2013 foi de intenso ataque ao movimento feminista,
isto porque, recentemente, o Estado vem pautando dois projetos de lei
que significam um retrocesso às conquistas históricas do feminismo:
o Estatuto do
Nascituro e
a “Cura
Gay”.
O estatuto do Nascituro é o
impedimento e a punição à prática do aborto mesmo nos casos
espontâneo e de estupro, logo, é um exemplo de que o machismo
também é institucionalizado.
Além do retrocesso da lei do
nascituro, há também o retrocesso da compreensão da relação
homoafetiva, onde esse projeto de lei, alicerçado pelo fundamentalismo religioso e as defesas reacionárias, concebe a homossexualidade como
patológica e que necessita de cura. Em suma, estamos perdendo as
conquistas materiais e políticas do movimento feminista.
É nesse sentido que o
movimento feminista precisa, cada vez mais, se articular com o
movimento LGBT e pautar, com unidade, o combate à opressão de
gênero, raça e classe, assim como a rememorável “Revolta
do Stonewall”,
ocorrida em 1969, em Nova York, onde gays, lésbicas, bissexuais e
transgêneros foram às ruas dar visibilidade as suas demandas por
direitos e, principalmente, suas liberdades!
O
Coletivo feminista-classista Ana Montenegro entende que a identidade
de gênero masculina ou feminina, e o espectro de possibilidades
entre esse binarismo, não é de natureza imutável, sendo, sim,
constantemente reconstruída socialmente! Lutemos contra a
trans/lesbo/homofobias, articulando a
luta revolucionária pela transformação da sociedade.
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