Coletivo Ana Montenegro

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

TARDE DE FORMAÇÃO FEMINISTA

Coletivo Ana Montenegro de São Paulo - SP, oferece no dia 30 de novembro uma tarde de formação feminista: Monogamia em Questão.

Ratificação do local: 5º andar

A família monogâmica e a mulher


A família monogâmica surge com a propriedade privada e se caracteriza, em termos gerais, pela retirada da mulher da vida coletiva, levada a cabo pela necessidade de se manter a herança por meio da reprodução biológica, tornando a mulher propriedade de seu marido para quem dedicará seu tempo e para quem terá os filhos (herdeiros). A sociedade capitalista irá manter – e aumentar – a dominação patriarcal por meio dela. As mulheres da elite sofreram um duro golpe com o capitalismo que as jogou para dentro de casa e as responsabilizou pela manutenção do núcleo familiar (as mulheres nobres dispunham de certa autonomia, algumas chegando a cargos importantes, além das rainhas e princesas. Até mesmo na Grécia antiga a mulher gozava de mais status, como em Esparta, por exemplo). A família burguesa vê na mulher o tripé de mãe e esposa dedicada e dona de casa competente, cuja função natural é o cuidado com o lar, mantendo a herança segura por meio da castidade e fidelidade.

Já a mulher trabalhadora, e no Brasil, a escrava, sempre esteve fora da casa: a mulher negra compõe um contingente de mulheres que trabalharam durante séculos como escravas nas lavouras ou nas ruas, como vendedoras, quituteiras, prostitutas e que entenderam nada quando as feministas burguesas disseram que as mulheres deveriam ganhar as ruas e trabalhar! A monogamia é fundamental para que o marido saiba quem faz parte de sua prole e, assim, a herança possa ser carregada. Para a mulher trabalhadora a desvinculação da família seria mais simples, já que não há herança envolvida. Porém, o discurso em torno da paternidade é também vendido para o homem trabalhador, que exige de sua mulher, a fidelidade.
Em suma: a mulher burguesa sofre diretamente com a perpetuação da dominação do casamento, enquanto que a trabalhadora sofre o moralismo decorrente dessa mesma dominação, com o agravante de pertencer à uma classe social em que tem que vender a sua força de trabalho (ficar em casa não é uma opção, assim como sair não é uma luta!).

Programação

Data: 30/11/2013 - sábado

14h00 – Abertura
14h15 – Roda de Conversa: Gênero e o discurso ideológico em “O relógio de ouro” de Machado de Assis. Com Carol Lopes. (Coletivo Ana Montenegro)
16h00 – Café da Tarde
16h30 - Monogamia e Amor Romântico: O amor romântico e as implicações da relação monogâmica na luta de classes.

Palestrantes:
Jessica Ipólito: Lésbica, militante da MMM e núcleo RLi-SP, escritora do blog Gorda&Sapatão.
Wagner Farias: Educador Popular do Núcleo de Educadores Populares 13 de Maio .

Onde – SINSPREV (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência) Rua Antonio Godói, 88 – 5º andar – próximo ao viaduto Santa Efigênia

Confirme sua presença em nosso evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/439484356157574/450738668365476/?notif_t=plan_mall_activity

Saudações feministas!
Coletivo Ana Montenegro.

0 comentários:

Postar um comentário